A sociedade está contaminada com a valorização do aparente. Quase sempre o que parece tem mais valor do que realmente é e pessoas são classificadas ou desclassificadas pelo que aparentam.
Certa vez, em um banquete servido em uma aldeia todos estavam convidados. Quando o mestre de cerimônias viu um dos convidados com um manto esfarrapado colocou-o no pior lugar, longe da grande mesa onde os mais importantes estavam sendo servidos com todas as regalias.
O convidado percebendo que não era notado e o mestre passava longe dele, resolveu dar um jeito. Saiu, foi até a casa e vestiu-se do mais bonito manto combinando com um magnífico turbante que havia ganho de presente de um amigo. Assim adornado, retornou à festa.
Por causa da diferente vestimenta não foi reconhecido e logo fizeram soar as trombetas anunciando que alguém importante acabara de entrar. Após o anúncio foi conduzido pelo cerimonial a um assento ao lado de um integrante da alta sociedade do local.
Logo que se assentou ofereceram-lhe uma imensa variedade de pratos, um mais bonito que o outro. Não se fez de rogado. Serviu-se e começou a esfregar comida pelo manto e turbante.
Foi alvo dos olhares perplexos dos convidados. O granfino então comentou:
- Estou curioso quanto a esse seu costume à mesa. É inteiramente novo para mim.
Respondeu prontamente:
- Não é nada demais. O manto e o turbante me fizeram chegar até aqui. O senhor não acha justo que eles ganhem a parte deles?
A roupa não deve ser mais importante do que quem a veste. Não classifique ninguém pela forma como se apresenta, porque poderá valorizar mais o aparente.
Dê honra a quem merece honra, respeito a quem merce respeito e valor a todos E Acorde Para a Vida.
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