Nem sempre o que a mão direita faz, a esquerda precisa saber, este é o maior valor do anonimato.
Mesmo que ninguém esteja vendo, mesmo que seja no mais secreto lugar, continue a fazer o que precisa ser feito, como se disto dependesse o destino de uma multidão.
Sem os bastidores não haveria o brilho dos palcos, sem a qualidade do que não se vê, não se teria a beleza do que se vê.
Conta-se que uma nova igreja fora construída e as pessoas vinham de todas as partes para admirá-la. Passavam horas admirando a beleza da obra!
Lá em cima, no madeiramento do telhado, um pequeno prego à tudo assistia. E ouvia as pessoas elogiando todas as partes da encantadora estrutura - exceto o prego!
Sequer sabiam que estava lá, e ele ficou irritado e com ciúmes.
- Se sou tão insignificante, ninguém sentirá minha falta!
Então o prego desistiu de sua vida, deixou de fazer pressão e foi deslizando até cair ao chão.
Naquela noite choveu e choveu muito. Logo, onde faltava um prego, o telhado começou a ceder, separando as telhas. A água escorreu pelas paredes e bonitos murais. O gesso começou a cair, o tapete estava manchado e toda a beleza estava arruinada pela água.
Tudo isto porque um pequeno prego desistira de seu trabalho!
E o prego?
Ao segurar o madeiramento do telhado era obscuro, mas era útil. Agora, enterrado na lama, não só continuara obscuro, como também se tornara um completo inútil e mais, totalmente comido pela ferrugem!
Pior do que ser esquecido no anonimato é ser consumido pela obscuridade da inutilidade.
Seja no mais escuro dos bastidores ou seja no mais iluminado dos palcos, sempre faça a sua parte, não pela efemeridade dos aplausos, mas pela graciosidade da utilidade e ACORDA PARA A VIDA!
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