quarta-feira, 3 de junho de 2020

O VALOR DO ANONIMATO



Nem sempre o que a mão direita faz, a esquerda precisa saber, este é o maior valor do anonimato.

Mesmo que ninguém esteja vendo, mesmo que seja no mais secreto lugar, continue a fazer o que precisa ser feito, como se disto dependesse o destino de uma multidão.

Sem os bastidores não haveria o brilho dos palcos, sem a qualidade do que não se vê, não se teria a beleza do que se vê.

Conta-se que uma nova igreja fora construída e as pessoas vinham de todas as partes para admirá-la. Passavam horas admirando a beleza da obra!

Lá em cima, no madeiramento do telhado, um pequeno prego à tudo assistia. E ouvia as pessoas elogiando todas as partes da encantadora estrutura - exceto o prego!

Sequer sabiam que estava lá, e ele ficou irritado e com ciúmes.
- Se sou tão insignificante, ninguém sentirá minha falta!

Então o prego desistiu de sua vida, deixou de fazer pressão e foi deslizando até cair ao chão.

Naquela noite choveu e choveu muito. Logo, onde faltava um prego, o telhado começou a ceder, separando as telhas. A água escorreu pelas paredes e bonitos murais. O gesso começou a cair, o tapete estava manchado e toda a beleza estava arruinada pela água.

Tudo isto porque um pequeno prego desistira de seu trabalho!

E o prego? 

Ao segurar o madeiramento do telhado era obscuro, mas era útil. Agora, enterrado na lama, não só continuara obscuro, como também se tornara um completo inútil e mais, totalmente comido pela ferrugem!

Pior do que ser esquecido no anonimato é ser consumido pela obscuridade da inutilidade. 

Seja no mais escuro dos bastidores ou seja no mais iluminado dos palcos, sempre faça a sua parte, não pela efemeridade dos aplausos, mas pela graciosidade da utilidade e ACORDA PARA A VIDA!



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